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Fundação da IPDC

"...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." Mt 16.18

Existem lugares que marcam a nossa existência de forma indelével, espaços onde aprendemos lições valiosas, especialmente aquelas que nos aproximam do Reino de Deus. Uma enfermidade apareceu em sua vida, trazendo não apenas desafios físicos, mas também um propósito maior: redirecionar seu ministério e aprofundar sua fé. Essa doença, que a medicina diagnosticou como gastrite, resistia aos tratamentos e remédios receitados. O aparente fracasso da medicina, porém, não era casualidade, mas uma permissão divina para que novos rumos fossem traçados.


Naquele período, a missionária Miriam começou a ter contato com irmãos pentecostais, cujas crenças na cura divina e no batismo com o Espírito Santo contrastavam com os ensinamentos tradicionais de sua denominação anterior. Esses encontros acenderam uma chama de curiosidade e esperança em seu coração. Ao ouvir falar de um culto onde um servo de Deus revelava segredos espirituais e orava por enfermos, a missionária Miriam decidiu ir. Ela ansiava por cura, mas também sentia um inexplicável mover espiritual atraindo-a para algo maior.

No culto, durante a oração, o servo do Senhor revelou com precisão o que a missionária estava sentindo. “O Espírito Santo está dizendo que a tua cura está aqui”, ele declarou. Naquele momento, um calor percorreu o seu corpo, e ela sentiu a dor desaparecer. Ela estava curada. Aquilo não era apenas a restauração de seu corpo, mas o início de uma nova etapa em sua caminhada espiritual. O milagre trouxe também um despertamento ao coração de seu esposo, Sérgio, que até então estava frio na fé.


Com o passar dos dias, a missionária Miriam percebeu que aquelas manifestações espirituais que testemunhava estavam em plena harmonia com as Escrituras. “Não apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem” (1 Tessalonicenses 5:19-21). Convicta dessa verdade, ela decidiu abraçar a doutrina pentecostal, mesmo enfrentando rejeição por parte de sua denominação. Mesmo assim, a chama do Espírito Santo ardia cada vez mais intensamente em seu coração, tornando impossível ignorar o chamado. 


Em 1971, a missionária Miriam e sua família decidiram deixar a Igreja Batista Central. Passaram a congregar na recém-fundada Igreja Batista Peniel, pastoreada pelo Pr. Osvaldo. Foi ali que Miriam recebeu o batismo com o Espírito Santo, experimentando o revestimento de poder prometido em Joel 2:28: “ E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.”

Esse novo capítulo trouxe oportunidades para a missionária exercer dons e talentos que o Senhor lhe concedera. Ela liderava círculos de oração, visitava lares e realizava trabalhos sociais que transformavam vidas. Entre as experiências mais marcantes, uma irmã chamada Nazia Feitosa teve uma visão onde um anjo lhe entregava um envelope branco, sinalizando a confirmação do ministério de Miriam. Pouco depois, durante uma visita à casa dessa irmã, Miriam e suas duas filhas foram batizadas com o Espírito Santo.


Esses momentos eram frequentemente acompanhados por sinais visíveis do poder de Deus. Em uma reunião, cinco pessoas foram libertas de possessões demoníacas, e os testemunhos dessas vitórias repercutiram entre os irmãos. A oração fervorosa era o alicerce de todas essas manifestações. A missionária Miriam e outros membros iam aos montes, onde buscavam a face de Deus e testemunhavam milagres. Até mesmo as folhas do chão brilhavam sob a presença do Senhor, como um lembrete da glória divina.


Os anos passaram, mas a intensidade da chama pentecostal nunca se apagou no seu coração. A missionária tornou-se um exemplo vivo de perseverança e fé. Mesmo diante de lutas, perseguições e dificuldades, o fervor espiritual continuava intacto. Há poucos meses, ao pregar em uma igreja, sua mensagem impactou todos os presentes, provando que o fogo do altar de sua vida ainda arde com força.


Assim, a vida da missionária Miriam é um testemunho da fidelidade de Deus àqueles que se entregam a Ele. Suas experiências são um lembrete de que, quando o Espírito Santo age, nenhuma barreira pode deter Seu mover. A história dela não é apenas um legado pessoal, mas uma inspiração para todos os que buscam viver plenamente para o Senhor.


No pequeno bairro Condomínio Maracanã, uma história singular começou a ser escrita. Era uma noite simples, marcada pela esperança e pela fé, quando o Senhor iniciou Sua obra em uma humilde casa. Uma senhora aflita, com sua criança enferma, abriu as portas de seu lar para o primeiro culto. Não havia infraestrutura, apenas corações dispostos e famintos pela presença divina. “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles” (Mateus 18:20). Assim, mesmo diante das adversidades, a obra de Deus floresceu. Naquele cenário de limitações, a missionária Miriam foi enviada pela igreja Batista Peniel. Seu chamado era inegável, ainda que inusitado para a época. Poucas mulheres ocupavam posições de liderança, mas com determinação e convicção no chamado divino, dedicou-se ao trabalho com afinco. As líderes femininas eram raras, mas como em Deborah, Deus levantava mulheres para liderar em tempos de necessidade: “É Ele quem unge os incapazes para fazerem o impossível” (Juízes 4:4-5).


O ministério começou a expandir-se. As pessoas que presenciavam a manifestação do poder de Deus na vida da missionária, atraídas por sua autoridade espiritual, passaram a convidá-la a realizar cultos em suas residências. Em uma dessas casas, morava Vicência, atormentada por espíritos malignos. Após uma oração fervorosa, ela foi liberta. Era uma casa pobre, com teto de lata coberto por plásticos e um chão de terra batida. Ainda assim, aquele lugar tornou-se um epicentro da manifestação divina, tal como Samaria nos dias de Filipe: “E a multidão unânime prestava atenção ao que Filipe dizia, ouvindo e vendo os sinais que ele fazia” (Atos 8:6).


Mas como na vida de qualquer servo de Deus, a oposição chegou. Quando a congregação alcançou vinte e duas almas, vozes se levantaram contra a missionária Miriam, alegando que ela, por ser mulher, não poderia pastorear. Contudo, assim como Gamaliel advertiu no passado, o pastor Armando Freitas levantou-se com sabedoria. Ele contou que Deus lhe revelara em uma visão que a retirada de Miriam seria um erro. “Se este desígnio ou esta obra vem de Deus, não podereis desfazê-lo; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus” (Atos 5:39).

 

A confirmação divina trouxe frutos. Milagres extraordinários marcaram aquela comunidade. Um poço seco pertencente a uma irmã chamada Tereza voltou a dar água após a missionária ungir o local com água e óleo. As pessoas celebraram com alegria, reconhecendo que Deus estava entre elas. Em outra ocasião, durante uma ceia, o azeite ungido nos cálices curou os enfermos, trazendo renovação à congregação.


Entretanto, nem tudo era fácil. O salão onde realizavam os cultos foi requisitado pelo proprietário. Sem alternativa, os irmãos passaram a se reunir nas casas, seguindo o modelo da igreja primitiva. Mesmo assim, a obra prosseguiu, impulsionada pela fé e dedicação da missionária Miriam. Entre os desafios, ela enfrentou ataques diretos. Um jovem, revoltado por ter sido disciplinado, planejou atentar contra sua vida. Armado com uma faca, esperou-a à porta da igreja. Os irmãos, preocupados, pediram que ela não fosse ao culto. Contudo, confiando na proteção divina, ela foi. Ao passar pelo rapaz, ele permaneceu paralisado, incapaz de lhe causar mal algum. “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo” (Salmo 23:4).


A determinação da missionária foi testada mais uma vez quando alguns obreiros sugeriram que ela dispersasse os membros para outras igrejas. Recusando o conselho, ela permaneceu firme em seu chamado. Essa convicção resultou em um ministério frutífero e duradouro. 
Ao longo desta jornada, a missionária Miriam inspirou-se em outros servos de Deus, como o presbítero Geraldo Kraus. Suas orações de imposição de mãos resultavam em curas e libertações. Desejosa de ser igualmente usada, Miriam intensificou sua busca por Deus, e Ele respondeu ao seu clamor. Pessoas eram libertas apenas ao cruzarem a porta da igreja, evidenciando a presença do Todo-Poderoso em sua vida. Até mesmo tradições foram desafiadas por sua obediência ao Senhor. Uma irmã chamada Roseli, desejosa de ser batizada, insistiu que o ato fosse realizado por ela. A missionária, após consultar os obreiros, realizou o batismo, marcando uma nova etapa em seu ministério.


Os desafios e as vitórias da missionária Miriam revelam uma vida dedicada ao Senhor. Sua história é um testemunho vivo de que, quando Deus chama, Ele também capacita e sustenta. O ministério da missionária não é apenas um exemplo de perseverança, mas também um convite para que outros se entreguem plenamente à vontade de Deus. Pois, como está escrito: “Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão” (Isaías 40:31).

 

A jornada da missionária Miriam começou humildemente, passando pela igreja Batista em Pernambuco, depois em Santo André, Peniel, até culminar no ministério Deus Conosco. A cada etapa, sua liderança e chamado tornavam-se mais evidentes. Seus feitos despertavam admiração, mas também despertavam inveja e oposição. “Não temas, porque sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus” (Isaías 41:10) parecia sussurrar o Senhor ao coração de Miriam, fortalecendo-a em meio às adversidades.


Conforme os relatos de sua obra no bairro do Maracanã se espalhavam, algumas vozes a incentivaram a iniciar um novo ministério. “Você foi chamada para uma obra maior,” disseram, reconhecendo o potencial que Deus havia depositado em sua vida. No entanto, esse não era um caminho fácil. Quarenta anos atrás, mulheres em posições de liderança espiritual eram raras e frequentemente alvos de preconceitos. Ainda assim, a missionária Miriam sabia que não podia ignorar sua vocação celestial. Diante do desafio, ela buscou refúgio e direção no monte de oração. Naquele ambiente solene e solitário, rogou ao Senhor da Seara: “Se é a tua vontade, confirma-me com um sinal.” A noite se arrastava em silêncio até que, exatamente às três horas da madrugada, o céu respondeu. Uma luz azul resplandeceu em meio à escuridão, movendo-se em direção aos que ali oravam. O brilho iluminava não apenas o local, mas também os corações de todos que presenciaram o fenômeno. Eles sabiam: era o selo divino para o início de uma nova obra.


Com o coração ardendo em confiança, a missionária Miriam e seus irmãos deram os primeiros passos estabelecer o ministério Deus Conosco. A nova caminhada, entretanto, trouxe novos desafios. O crescimento da obra exigiu que a missionária buscasse reconhecimento ministerial para facilitar sua interação com outros ministérios. A Cruzada da Evangelização, por outro lado, estendeu-lhe a mão. Em 1976, emitiram um documento que atestava seu chamado ministerial. Aquele certificado, guardado até hoje, tornou-se um símbolo da fidelidade divina em meio às tribulações.


Anos depois, o impacto de seu ministério ressoa em cada lugar alcançado pela mensagem do Evangelho. A missionária Miriam seguiu firme, sustentada pela promessa: “Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão” (Isaías 40:31). O vento do Espírito continua a soprar, guiando-a como guiou Filipe, como guia todos os nascidos do alto, para realizar obras maiores do que o mundo poderia imaginar.


A história da missionária Miriam é um testemunho de perseverança em meio às adversidades, iluminando o caminho para todos que enfrentam desafios semelhantes. Apesar de as Escrituras Sagradas revelarem um Deus que não faz acepção de pessoas, e de o ministério de Jesus ter sido enriquecido pela presença e apoio de mulheres fiéis, o preconceito humano ainda insiste em obscurecer a compreensão plena da obra divina.

Trecho extraído do livro "Missionária Miriam: superando desafios e inspirando gerações" - que será publicado pela Editora Conexão Fraternal.

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